Analista de informações
- victornunes88
- 22 de ago.
- 8 min de leitura
investigar, juntar pistas espalhadas (números, relatos, documentos, gráficos) e transformar tudo isso em histórias claras para orientar decisões? Então a carreira de Analista de Informações pode ser a sua. Esse profissional conecta dados + contexto + pessoas para responder perguntas do tipo: “Onde estamos perdendo clientes?”, “Quais produtos mais crescem?”, “Que risco estamos ignorando?”, “O que esta pesquisa significa, na prática?”.
É uma função presente em empresas, ONGs e órgãos públicos — com nomes parecidos como analista de inteligência de mercado, analista de BI, analista de dados ou gestão da informação.Em vários times, essa função se aproxima de inteligência de mercado e Business Intelligence (BI), áreas que seguem em evidência conforme empresas aceleram o uso de dados.

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O que é um Analista de Informações
É a pessoa que coleta, organiza, analisa e comunica informações relevantes para um objetivo. Pode trabalhar com bases internas (vendas, atendimento, logística), fontes externas (pesquisas setoriais, notícias, dados públicos) e entrevistascom áreas da empresa, sempre documentando o processo. Em organizações maiores, atua junto de marketing, produto, finanças, operações e TI, servindo como ponte entre quem precisa decidir e o “mar de dados” disponível.Segundo descrições de carreira, esse analista ajuda a mapear conteúdos, desenhar fluxos de informação e facilitar o acesso a dados, construindo relatórios e painéis que façam sentido para o negócio. Em times de inteligência de mercado, ele olha clientes, concorrentes e tendências; em BI, estrutura indicadores e dashboards; e, em gestão da informação, organiza acervos, registros e processos para que a informação certa chegue à pessoa certa, na hora certa.
O que faz
Levanta perguntas-chave com lideranças e equipes.
Coleta dados em fontes internas (sistemas, planilhas) e externas (pesquisas, bases públicas).
Limpa e organiza informações (padroniza nomes, datas, categorias).
Analisa e compara resultados, criando gráficos e tabelas fáceis de ler.
Constrói relatórios e dashboards para acompanhamento de indicadores.
Monitora concorrentes e tendências (no caso de inteligência de mercado).
Cria “linhas do tempo” de fatos que explicam quedas ou picos de desempenho.
Gera hipóteses e testa explicações com as áreas envolvidas.
Recomenda ações (o que fazer agora, o que acompanhar depois).
Apresenta conclusões de forma clara para diferentes públicos.
Documenta fontes e métodos (para dar transparência e facilitar atualizações).
Apoia decisões de orçamento, metas e prioridades.
No dia a dia, o Analista de Informações alterna momentos de investigação silenciosa (planilhas, leitura, cruzamentos) com conversas para entender o contexto e reuniões para apresentar achados. Em marketing e vendas, por exemplo, a rotina pode incluir mapear o movimento da concorrência e do mercado; em BI, acompanhar painéis de desempenho; e em gestão da informação, organizar documentos e processos para que o conhecimento não se perca.
Responsabilidades
Definir escopo: o que será respondido, para quem e quando.
Garantir qualidade dos dados (consistência, atualização e fontes confiáveis).
Respeitar ética e privacidade no uso de informações (especialmente dados pessoais).
Registrar métodos: de onde veio cada dado e como foi tratado.
Comunicar com clareza (resumo executivo + detalhamento quando preciso).
Criar rotinas de atualização de relatórios e painéis.
Apoiar decisões com argumentos e evidências, não com “achismos”.
Trabalhar em equipe com marketing, finanças, produto, operações e TI.
Manter visão crítica (validar, comparar, buscar vieses e alternativas).
Monitorar o mercado e alertar sobre mudanças relevantes.
Transformar feedbacks em melhorias nos relatórios e indicadores.
Arquivar e versionar documentos para não perder histórico.
Essas responsabilidades existem para que a informação seja útil e confiável. Em “inteligência de mercado”, por exemplo, o analista acompanha clientes, concorrentes e indicadores; já em BI, foca estrutura e atualização dos indicadores que sustentam a gestão.
Áreas de atuação
Inteligência de mercado e marketing: clientes, concorrentes, lançamento de produtos.
Business Intelligence (BI): indicadores, painéis e metas de desempenho.
Operações e logística: eficiência, prazos, custos e qualidade.
Finanças e risco: projeções, cenários, indicadores de performance.
Setor público/ONGs: monitoramento de programas e políticas, avaliação de impacto.
Gestão da informação/documentação: acervos, governança de registros e processos.
A depender da empresa, o cargo pode aparecer como Analista de Informações, Analista de Inteligência de Mercado ou Analista de BI. A CBO 2612-15 (Analista de Informações) reforça a vertente de gestão e pesquisa de informação, comum em centros de documentação e áreas administrativas; já as páginas de inteligência de mercado detalham a atuação voltada a dados de consumidores, concorrência e tendências.
Como se tornar um
O caminho é bem acessível para quem está no Ensino Médio e gosta de números + linguagem + curiosidade:
Escolha uma graduação que te deixe confortável com dados e negócios. Boas portas de entrada são Administração, Economia, Publicidade e Propaganda (com foco em dados), Sistemas de Informação, Ciência da Informação, Estatística ou Engenharia de Produção. O importante é saber organizar e explicar.
Desenvolva a base: planilhas (filtros, tabelas, gráficos), noções de estatística simples (média, mediana, variação), apresentação (slides objetivos) e escrita (resumos e relatórios).
Faça estágios em marketing, BI, planejamento, controladoria, pesquisa de mercado ou gestão da informação. Ver a dor real do dia a dia vale ouro.
Monte um portfólio com 2–3 mini-projetos: um dashboard simples com indicadores, uma análise de concorrentes e um relatório executivo de uma pesquisa (mesmo simulada).
Aprenda ferramentas do time onde você quer atuar. Em inteligência de mercado, pesquise boas fontes externas e técnicas de levantamento; em BI, explore painéis e ETL básicos; em gestão da informação, classificação, indexação e fluxo documental (sem exagerar na parte técnica).
Fique de olho nas tendências. Guias de mercado mostram que dados e BI seguem em evidência e pedem competências de análise e comunicação para gerar valor — ótimo para quem quer crescer rápido em áreas com impacto direto no negócio.
Habilidades necessárias para a profissão
Mais do que “ferramentas da moda”, o que diferencia é postura:
Curiosidade disciplinada: fazer perguntas certas e checar respostas.
Raciocínio lógico e atenção a detalhes.
Comunicação clara (escrever resumos e apresentar para não especialistas).
Organização (arquivos, versões, prazos, fontes).
Colaboração (ouvir áreas, negociar prioridades, co-criar soluções).
Leitura de números (médias, tendências, comparações simples).
Ética e cuidado com dados (especialmente quando houver dados pessoais).
Aprendizagem contínua (adaptar-se a novas fontes, processos e ferramentas).
Salário médio
Os números variam conforme título do cargo, cidade, setor e tamanho da empresa. Uma referência oficial baseada em CAGED/eSocial é o Portal Salario.com.br para Analista de Inteligência de Mercado (CBO 1423-35), função “irmã” do Analista de Informações nas empresas. Em 06/08/2025, a média nacional foi de R$ 4.672,99/mês (jornada média de 43h), com piso de R$ 4.545,37 e teto de R$ 9.709,76. A mesma fonte detalha faixas por nível: Júnior ~R$ 4,42 mil; Pleno ~R$ 5,94 mil; Sênior ~R$ 7,69 mil (médias).
Como complemento de mercado, páginas de vagas e relatórios indicam que posições ligadas a dados/BI ficam, em muitas praças, na casa de R$ 4 mil a R$ 6 mil para níveis iniciais, com crescimento conforme especialização e responsabilidade — use esses números como baliza, sempre comparando por cidade e setor.
Local e ambiente de trabalho
É comum atuar em escritórios híbridos (parte presencial, parte remoto) e em ambientes colaborativos. A rotina envolve:
Momentos de foco para tratar dados e montar análises;
Reuniões curtas com áreas parceiras para entender o problema e validar achados;
Apresentações (semanais ou mensais) de indicadores e recomendações;
Troca constante com marketing, vendas, finanças, produto e operações;
Organização de fontes e documentos — para que os relatórios possam ser refeitos e auditados.
Na vertente de gestão da informação, o ambiente inclui centros de documentação/arquivos e plataformas digitais para controle de acervos e processos; a CBO 2612-15 descreve atuação em ambientes fechados, por vezes com rodízio de turnos e possibilidade de trabalho a distância. Em inteligência de mercado e BI, o foco é o negócio: entender objetivos, acompanhar indicadores e entregar clareza para decisões do dia a dia.
Mercado de trabalho
O espaço para Analistas de Informações cresce por causa de três movimentos: (1) volume de dados, (2) pressão por decisões rápidas e (3) necessidade de comunicar com clareza.
1) Dados por toda parteOs negócios geram dados o tempo todo (vendas, SAC, logística, mídias sociais, pesquisas). Relatórios setoriais e guias de recrutamento apontam que BI e análise permanecem estratégicos para 2025, com empresas buscando transformar dados em ação — o que abre portas para quem organiza e interpreta bem as informações. Guias como o da Robert Halfdestacam tendências de contratação e reforçam a valorização de perfis com competências analíticas e de comunicação, especialmente em tecnologia, marketing e áreas corporativas.
2) Inteligência de mercado em evidênciaNas empresas orientadas a cliente, a área de inteligência de mercado sustenta lançamentos, posicionamento e metas. O Portal Salario.com.br mostra a função de Analista de Inteligência de Mercado com média nacional superior a R$ 4,6 mil e faixas de crescimento por nível, o que indica procura contínua e trilha de desenvolvimento (de júnior a sênior). Em várias cidades, os pisos e médias sobem, como mostram as tabelas por estado e por cidade.
3) BI e indicadores do negócioTimes de BI seguem implantando painéis e rotinas de acompanhamento. Levantamentos de mercado e matérias especializadas descrevem tendências para 2025, como maior integração com IA para apoiar qualidade e priorização — sem substituir o papel humano de contextualizar e comunicar. Para o Analista de Informações, isso significa: saber fazer perguntas, estruturar indicadores úteis e contar a história por trás dos números continua essencial.
4) Setor público, ONGs e educaçãoFora do mundo corporativo, cresce a demanda por monitoramento e avaliação de políticas e projetos. O Ministério do Trabalho tem promovido ferramentas que integram dados do mercado de trabalho (CAGED, RAIS, PNAD) para análises mais finas — e esse tipo de iniciativa se espelha em estados e municípios, onde analistas ajudam a traduzir números em planos de ação e prestação de contas.
5) Como aproveitar as oportunidades
Entre cedo por estágios em marketing/BI/planejamento/pesquisa.
Mostre portfólio (mini-dashboard, análise de concorrência, relatório executivo).
Seja “tradutor”: conecte áreas e explique dados de forma simples.
Estude fontes confiáveis e aprenda a avaliar qualidade da informação.
Acompanhe guias e relatórios para entender tendências de contratação e benefícios que o mercado está oferecendo.
Resumo franco: não é uma carreira de fama, é de utilidade. Quem junta curiosidade + método + comunicação fica no centro das decisões — e vira referência nas equipes.
Perguntas frequentes sobre a profissão
Preciso saber programar? Ajuda, mas não é obrigatório no início. Com planilhas bem usadas e curiosidade por dados, já dá para começar. Algumas equipes pedem familiaridade com painéis e consultas simples — o mais importante é perguntar bem e comunicar com clareza.
Qual a diferença entre Analista de Informações, de BI e de Inteligência de Mercado? Os três lidam com dados e decisões. Em geral, Informações é mais amplo (organiza e explica), BI cuida de indicadores e painéis, e Inteligência de Mercado foca clientes/concorrentes/tendências. Na prática, as funções se misturamconforme a empresa.
Dá para trabalhar no setor público ou em ONGs? Sim. Há demanda por monitoramento e avaliação de programas e por gestão da informação (documentos, indicadores, transparência). Ferramentas públicas novas têm ampliado o acesso a dados oficiais, o que pede gente preparada para interpretar e comunicar.
Quanto se ganha? Como referência de mercado formal, Analista de Inteligência de Mercado (CBO 1423-35) tem média nacional de R$ 4.672,99/mês (ago/2025), com faixas por nível e variações por cidade/porte. Compare sempre com a sua região.
Links e vídeos úteis
CBO 2612-15 – Analista de Informações (pesquisador de informações de rede) – descrição e contexto da ocupação. (Código CBO)
Analista de Inteligência de Mercado (CBO 1423-35) – salários 2025 (média, piso, teto, por nível). (Portal Salario)
Guia Salarial 2025 – Robert Half (tendências de contratação e benefícios no Brasil). (Robert Half)
Tendências de BI e análise de dados para 2025 (visão geral acessível). (eNotas)
Página de carreira: Analista de Informação (o que faz, salário, trilhas). (Catho)
Matéria: plataforma integrada de dados do mercado de trabalho (MTE + BID). (Agência Gov)




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