Como escolher a instituição
- victornunes88
- 25 de jul.
- 18 min de leitura
Agora que você já escolheu a profissão e curso que deseja seguir ou está bem próximo desta decisão, chegou a hora de escolher a universidade ou curso técnico. Muitas perguntas devem estar povoando sua cabeça!
Pensando nisso, para ajudá-lo a prosseguir na jornada do futuro criamos um guia para sanar todas as suas dúvidas e ajudá-lo neste processo tão importante.
Vamos lá?

Curso Técnico ou Universidade - qual é a melhor?
A primeira dúvida é essa do título, mas já é preciso esclarecer que não existe melhor opção, pois depende do perfil e realidade de cada um, por isso vale a pena considerar os fatores abaixo antes de decidir.
Curso técnico:
ideal para quem busca determinadas profissões técnicas, como marcenaria, enfermagem, entre muitas outras. O Brasil precisa de mais profissionais técnicos com boa formação, como ocorre em outros países
boa escolha para quem está cursando ou no fim do ensino médio e busca se preparar rapidamente para o mercado de trabalho
excelente para quem precisa de qualificação profissional e não pode gastar tanto
boa escolha para quem ainda não tem certeza de qual área quer atuar e pretende explorar as possibilidades antes de escolher a faculdade
Universidade:
ideal para quem busca uma formação mais abrangente
pode investir mais tempo e dinheiro
já tem certeza de qual carreira que seguir
para quem busca cursar uma licenciatura e carreira acadêmica
| Curso tecnológico/ tecnólogo | Bacharelado e Licenciatura |
Nível de escolaridade | Nível Superior | Nível Superior |
Requisitos | Ensino Médio Completo | Ensino Médio Completo e Nota de vestibulares |
Prática X Teoria | Profissionalizante, aprendizado de um ofício. Foco nas habilidades e conhecimentos para o mercado de trabalho | Uni teoria e prática. O profundidade teórica é maior que nos demais. A depender do curso e instituição pode ser mais ou menos prático |
Foco | Específico | Generalista |
Oportunidades | Bom preparo para cargos técnicos
| Cargos técnicos Cargos de liderança Carreira acadêmica (Licenciatura para carreira acadêmia na educação básica) |
Investimento | Médio | Alto |
Duração | 2 a 3 anos | 4 a 6 anos |
Vantagens |
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Como escolher a universidade?
A primeira dica aqui é aceitar que não existe a universidade perfeita! Mas existem ótimas universidades para você e é importante que você tenha em mente alguns critérios importantes no momento dessa escolha. Esses critérios que precisam ser cuidadosamente analisados - confira alguns deles:
Qualidade de ensino
Foco do curso na instituição
Financeiro e custos
Relação candidato vaga
Localização da universidade
Empregabilidade e mercado de trabalho
Infraestrutura da instituição
Corpo Docente do curso
Modalidade Presencial Ou EAD
Tipo de instituição: Privada ou Pública
Tipo de Exame para ingresso
Desta lista selecionamos alguns que são imprescindíveis para falar com mais aprofundamento.
Infraestrutura
Pesquisar a infraestrutura da instituição pode te ajudar a avaliar as possibilidades oferecidas pela universidade e que vão impactar diretamente no seu cotidiano de estudante, portanto saber quais as necessidades do seu curso e se o local atende satisfatoriamente.
Por exemplo:
na área de Humanas uma biblioteca completa é fundamental
na Saúde um laboratório bem equipado faz-se importante
e assim por diante.
Além disso, a infraestrutura geral também pode impactar sua experiência como estudante dentro de um ecossistema universitário, de interação com outros estudantes e professores. Ambientes de estudo individuais e em grupo, restaurantes, laboratórios de informática podem ser um diferencial.
Localização
A localização é um dos pontos de maior impacto no seu cotidiano do estudante e é um dos mais importantes de avaliação no momento da dúvida para escolha da instituição universitária.
Considerar a distância entre a sua casa e a universidade e os meios de transporte para esse deslocamento são de suma importância, porque aqui não é só uma questão de logística e segurança, mas também de custos com transporte e tempo gasto na locomoção.
Qualidade de ensino
Essa dica pode parecer óbvia, mas não pode ficar de fora de jeito nenhum!
No momento da escolha, faça uma pesquisa sobre o curso que você almeja dentro da universidade avaliando:
há quantos anos o curso existe na instituição
qual é a sua avaliação no ENADE e se possui avaliações satisfatórias
se é um curso reconhecido pelo Ministério da Educação
O MEC é responsável por regularizar a educação e reconhecer os cursos de Ensino Superior e se os alunos estão saindo do curso formados com excelência. O reconhecimento do MEC é a garantia de que o seu diploma é válido para exercício da profissão.
Avalie também a grade curricular do seu curso, porque as instituições podem oferecer focos diferentes para a mesma graduação, dessa forma você vai encontrar aquele que se encaixa melhor nas suas expectativas.
Corpo docente qualificado
Aproveite a dica acima e já pesquise quem serão os professores do curso e qual sua formação - quanto maior a especialização deles, mais qualificado eles tendem a ser.
Veja suas publicações, experiências profissionais fora da universidade ou em quais áreas se aprofundaram.
Um corpo docente qualificado te prepara melhor para o mercado de trabalho e torna a sua experiência educacional mais interessante e valiosa.
Aspectos Financeiros
O planejamento financeiro precisa ser feito antes da escolha final. Avaliar o valor das mensalidades, fazer a estimativa da renda familiar além de outras questões que envolvem dinheiro:
Você poderia trabalhar paralelamente aos estudos e contribuir na mensalidade?
Você vai pagar sozinho ou com auxílio de familiares?
Quanto seria a renda média como estagiário ou funcionário?
Quais as opções de apoio financeiro que existem para me ajudar a custear a instituição de ensino que eu desejo?
Essa última pergunta é importante, pois existem financiamentos estudantis públicos e privados que atendem várias faixas de renda, além de bolsas e outros auxílios.
Vamos explicar os principais pra você abaixo.
Financiamentos estudantis, bolsas e afins
Abaixo links dos principais tipos de financiamento e apoio estudantil disponíveis.
Em cada link você encontra as informações sobre prazos, valores, que pode solicitar, entre outros!
Diferenças entre os tipos de financiamento estudantil:
Sejam universidades públicas ou privadas, ambas contam com diferentes ofertas de cursos e estruturação interna, mas ambas têm custos de manutenção das atividades.
O custo de um estudante de universidade federal gira em torno de R $3.129 por mês, mas o valor oscila de acordo com o curso e a instituição - mas considerando esse valor o custo anual por estudante nas faculdades públicas pode ultrapassar os 37 mil reais. Na universidade pública, quem paga tais despesas é o ente responsável: município, estado ou união.
Em instituições de ensino superior privadas o aluno é quem precisa bancar os gastos pagando as mensalidades. Para esses casos há possibilidades, como o financiamento estudantil privado e também as bolsas de estudo.
Vamos explicar sobre eles agora.
Financiamentos estudantis privados: funcionam como um tipo de crédito pessoal destinado ao auxílio do acesso ao ensino superior, uma instituição financeira arca com as despesas e o aluno devolve o dinheiro após um determinado período. Esse crédito vem de bancos privados ou empresas. Este tipo de financiamento não é restrito a pessoas de baixa renda como o financiamento público.
Financiamentos estudantis públicos: o Fies é um financiamento estudantil público, subsidiado pelo governo, um programa que segue os mesmos critérios de qualquer financiamento, mas que viabilizam o crédito aos estudantes que atendem os pre-requisitos socioeconomicos no valor das mensalidades da universidade, podendo ser integral ou parcial.
Bolsa de estudo e financiamento estudantil é a mesma coisa?
Apesar de muitas pessoas confundirem elas não são a mesma coisa.
A diferença das Bolsas de Estudo para os programas de financiamento estudantil é porque a bolsa não caracteriza uma relação de empréstimo - o beneficiário não precisa arcar com os custos de sua participação.
As bolsas são distribuídas por empresas privadas, diretamente pelas próprias instituições de ensino ou através do PROUNI, o Programa Universidade Para Todos do governo.
Dentro das instituições de ensino existem critérios de avaliação de desempenho que possibilita o oferecimento deste benefício para atrair talentos para os cursos, premiando alunos com boas notas: no vestibular, no Enem ou mesmo em exames internos.
Quem arca com os custos é quem concedeu a bolsa e as faculdades geralmente firmam parcerias com instituições privadas para conseguirem aumentar recursos para bolsas estudantis.
Requisitos PROUNI:
Média do ENEM acima de 450 pontos e não zerar a redação
Ensino Médio completo
Cursado o EM em escola pública e/ou em escola particular com bolsa integral
Pessoa deficiente
Para bolsas integrais: renda bruta familiar de até 1 salário e meio por pessoa
Para bolsas parciais (50%): renda bruta familiar de até 3 salários por pessoa. Neste caso o estudante pode aplicar ao FIES para financiar o restante da mensalidade.
Dica PROUNI:
Os bolsistas não precisam comprovar a renda a cada semestre. Mas se a renda familiar aumentar muito é indicado avisar ao MEC para que a instituição decida se mantém a bolsa ou não. A qualquer momento o MEC pode verificar a renda familiar do estudante.
Como funciona:
Inscrição online e gratuita: feita para 2 opções de curso. As vagas são abertas semestralmente, geralmente janeiro e junho.
Processo seletivo: como ocorre no Sisu, a ordenação dos candidatos ocorre a partir da média do ENEM (prova + redação) e o MEC divulga a lista de pré-selecionados e nota de corte dos cursos.
Matrícula: estudantes pré-selecionados se matriculam na instituição com toda documentação necessário para garantir sua vaga e bolsa. Algumas instituições direcionam o estudante para o processo seletivo próprio.
Segunda chamada: A reprovação ou não inscrição de estudantes gera uma segunda chamada para os próximos da lista.
No caso de financiamentos privados, a instituição financeira arca com os valores das mensalidades, de forma parcial ou total, e o estudante passa a ter um contrato com a referida instituição, O pagamento poderá ser feito ainda durante o período do curso ou após seu término.
O financiamento por instituições privadas é uma alternativa para quem não se adequar às regras exigidas para entrar no Novo Fies - que são rígidas e não conseguem contemplar todos os estudantes - havendo muitos casos de não selecionados para o programa.
Algumas universidades também oferecem opções de financiamento pela própria instituição de ensino - em moldes específicos e com taxas próprias de juros, valores de parcelas e tempo para conclusão da quitação da dívida.
Relação candidato vaga
A relação candidato/vaga dos vestibulares faz uma média do número de inscrições válidas dividido pela quantidade de vagas do edital. Esse resultado apresentará uma conclusão matemática numérica que para cada vaga há tantas pessoas concorrendo.
É uma forma de você saber o quão concorrido é o curso na universidade que você sonha entrar.
Embora seja um importante indicador, não leve o número ao pé da letra pois existem muitos candidatos “turistas” - que estão lá porque a família pediu; estão fazendo apenas como treino; ou sem preparo.
Vestibular como forma de ingresso na Universidade
Usado no ingresso de uma universidade específica, pública ou privada. Até pouco tempo atrás, os vestibulares eram o padrão de ingresso em um curso superior, porém com a adoção do ENEM como critério de classificação, muitas instituições públicas substituíram essa prova pelo desempenho no ENEM.
Em determinadas universidades particulares, o vestibular ainda acontece e pode ter formatos variados - desde o mais tradicional até o agendado.
O vestibular tem um direcionamento mais específico - o estudante faz a inscrição já sabendo qual universidade, curso, turno e campus e modalidade irá disputar a vaga.
Os formatos podem variar de instituição para instituição:
Apenas ENEM
vestibular + ENEM
Vestibular OU ENEM
vestibulares de fase única
vestibulares divididos em duas etapas: conhecimentos gerais e específicos.
número de questões
tipo de redação exigida
prazo para resolução das provas
Se você optar por uma deteterminada opção, lembre-se de estudar o modelo de provas e outras informações sobre o certame para não ser pego de surpresa.
Diferenças entre o ENEM e o vestibular
A primeira diferença mais marcante entre o vestibular e o Enem é o modelo das provas. O vestibular pode variar dependendo da Instituição que está aplicando a prova, enquanto o Enem precisa seguir o padrão imposto pelo Inep.
A segunda diferença é o conteúdo cobrado, pois alguns vestibulares podem não ter questões referentes a todas as disciplinas em suas provas.
ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio
O Enem é atualmente a prova mais conhecida e é o principal meio de iniciar uma graduação, tanto que algumas instituições optam por agregar o desempenho no ENEM - para complementar o vestibular ou até mesmo substituí-lo pela nota deste exame.
Através do Sisu e do Prouni, a nota do Enem pode valer como a principal forma de ingresso na Universidade - e também possibilita aos estudantes bolsas de estudos e financiamento estudantil - de acordo com os resultados obtidos.
Objetivos do exame
O ENEM avalia a capacidade dos alunos de resolver problemas com senso crítico, ou seja, avalia suas habilidades enquanto cidadãos. E é justamente essa característica interdisciplinar do Enem que torna-se de suma importância na educação brasileira.
O exame mede os conhecimentos de acordo com as novas formas de ensinar e exige uma participação mais ativa dos candidatos.
Os resultados do ENEM servem como parâmetros para:
autoavaliação do participante
criação de referência nacional para aperfeiçoar o currículo do ensino médio
utilização como mecanismo único/alternativo/complementar para acesso à educação superior
facilitação do acesso à Universidade ofertada pelas instituições públicas de educação superior
Acesso a mais de 50 universidades portuguesas para quem deseja estudar fora
acesso a programas governamentais de financiamento ou apoio ao estudante de educação superior
O ENEM por seu foco interdisciplinar avalia 5 competências distintas, veja quais são elas.
Cadastro no site e acompanhamento: Enem.inep.gov.br/participante
Para se cadastrar:
Informações pessoais
Nome
CPF
Data de nascimento
E-mail
Telefone celular
Foto
Opção do formato: digital ou presencial
Unidade e munício onde será realizado
Língua estrangeira: inglês ou espanhol
Taxa de inscrição: R$ 85,00 (para exame de 2022)
Estrutura
O Enem divide-se em 4 áreas que envolvem todas as disciplinas aprendidas durante o Ensino Médio divididas em:
Áreas de conhecimento | Componentes curriculares |
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação | Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), Artes, Educação Física e Tecnologias da Informação e Comunicação |
Ciências Humanas e suas Tecnologias | História, Geografia, Filosofia e Sociologia |
Ciências da Natureza e suas Tecnologias | Química, Física e Biologia |
Matemática e suas Tecnologias | Matemática |
Estas áreas são subdivididas em competências que avaliam as habilidades técnicas e gerenciais do estudante perante os problemas levantados pelas questões, então possuir uma boa interpretação é o segredo para uma boa prova. Você deve mostrar que compreendeu a fundo o tema da questão.
Cronograma
Dia | Duração | Nº de Questões | Provas |
1ª dia | 5 hrs e 30 min | 90 questões + redação 30 linhas | Linguagens Ciências Humanas Redação |
2ª dia | 5 hrs | 90 questões | Ciências da Natureza Matemática |
Total | 10 hrs e 30 min | 180 questões + redação |
|
Importante: para acessar o local da prova é necessário levar um documento de identificação com foto original.
São aceitos como documentos válidos físicos ou digitais: carteira de identidade, passaporte, carteira nacional de habilitação, carteira de trabalho e previdência social, carteira ou documento provisório de registro nacional migratório
A redação vale 20% do exame. Sua nota vai de 0 a 1.000 pontos, dividida em 5 competências avaliativas que valem 200 pontos cada.
Cada competência se baseia nas 4 área do conhecimento:
Competência 1: Dominar linguagens - ter domínio da norma culta da Língua Portuguesa e uso das linguagens: matemática, artística e científica e também das línguas espanhola e inglesa.
Competência 2: Compreender fenômenos - construir conceitos e aplicá-los nas várias áreas do conhecimento visando compreender fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas.
Competência 3: Enfrentar situações-problema - Selecionar, organizar, relacionar, interpretar os dados e informações representados de distintas formas, objetivando a tomada de decisões e enfrentamento de situações problema.
Competência 4: Construir argumentação - Relacionar informações, em diferentes formas e representações é aplicar conhecimentos disponíveis em situações concretas, visando construir argumentos consistentes.
Competência 5: Elaborar propostas - Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola tendo como objetivo a elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, com respeito aos valores humanos e considerando a diversidade social e cultural.
Além dos eixos cognitivos e das competências exigidas na prova, também há as competências específicas da redação do ENEM.
A redação para muitos estudantes é a vilã do exame. Mas sabendo quais as competências exigidas na escrita do texto pode ficar muito mais fácil, veja quais são elas para saber o que elas impactam na sua nota.
Domínio da escrita formal da Língua Portuguesa:
Diz respeito às regras gramaticais da norma culta da Língua Portuguesa, avaliando desde a pontuação e acentuação até as normas de regência e concordância verbal e nominal
Compreender o tema e não fugir da proposta:
Avalia se o candidato compreendeu a proposta de escrita a partir da leitura dos textos de apoio e se o texto produzido atende às características de um texto dissertativo-argumentativo
Selecionar e organizar informações e argumentos para defesa de um ponto de vista
Avalia-se aqui a coerência na construção do texto, a organização das ideias e a apresentação destas ao leitor
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construir argumentos
Perceber se o candidato sabe empregar mecanismos que deem uma estrutura lógica ao texto, utilizando elementos os conectivos que são responsáveis pela coesão
Elaborar uma proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos
Indica se o candidato sabe apresentar uma proposta de intervenção ao tema abordado, com ideias que enfrentem o problema apresentando com uma cidadania ativa e que respeita os direitos humanos
Como você percebeu, o foco central da redação no ENEM é medir o posicionamento crítico do aluno - tornando-se portanto uma das partes mais importantes da prova, mas além dela outro desafio também precisa ser falado aqui.
Desafios do exame que vão além da redação!
O ENEM é considerado de alto nível de dificuldade, pois utiliza a TRI - Teoria da Resposta ao Item - para cálculo da nota final do candidato.
Esse método é desafiador pois ele não avalia somente a quantidade de acertos, mas inclusive o grau de dificuldade da questão e a coerência das suas respostas nas diferentes Áreas do Conhecimento avaliadas no certame.
A Teoria de Resposta ao Item possui três características importantes de se ter em mente ao fazer a prova:
poder de discriminação do item
grau de dificuldade da questão
possibilidade de acerto ao acaso
Esse último também conhecido como o bom e velho “chute”.
O estudante pode se beneficiar ao conhecer as peculiaridades da TRI - até mesmo aumentando as chances de nota alta. A TRI avalia se os acertos foram de questões fáceis, medianas e difíceis.
Essa técnica usa a coerência pedagógica, pois não há lógica um candidato acertar mais questões difíceis e escorregar naquelas mais fáceis. Quando isso ocorre, o candidato é penalizado e na situação oposta, ele ganha pontos extras.
Entender todos os detalhes, peculiaridades da TRI e como calcular a nota do Enem pode elevar e muito as chances de você obter um resultado satisfatório - pois saberá todos os erros que não se deve cometer.
Qualquer pessoa pode fazer o ENEM?
Desde que cumpra as regras previstas no Edital, qualquer pessoa pode realizar a prova. Isso é importante para universalizar o acesso ao Exame - de forma que todos tenham de fato condições igualitárias para inscrição.
Sites com dicas sobre o ENEM
Abaixo você confere alguns links com dicas bacanas sobre o ENEM!
Presencial ou EAD - vantagens, desvantagens e diferenças entre essas modalidades
Chegamos na parte da escolha de modalidade - presencial ou a distância. Cada um possui características bem específicas e grandes diferenças no método de ensino, ou seja, o curso será o mesmo o que muda é a forma de aprender - e aqui é necessário avaliar qual seu perfil de aluno.
Isso porque cada modalidade abarca alunos diferentes - alguns se adaptam apenas com o presencial, outros preferem o ensino a distância. Além disso também há a questão dos valores, flexibilidade de horários, deslocamento e do tempo para finalizar a formação, que costumam ser diferentes.
Principais características e vantagens do ensino a distância (EAD)
O advento da educação digital permitiu que muitos alunos obtivessem qualificações e até mesmo sua profissionalização através de cursos online. Isso abriu possibilidades da educação superior atingir aqueles que possuíam empecilhos para frequentar a universidade, permitindo-lhes estudar em casa nos horários que lhe fossem convenientes.
Na modalidade EAD, o aluno ainda tem a possibilidade de rever as aulas pois todo o conteúdo pode ser revisitado quantas vezes o aluno quiser.
O acesso aos professores, colegas e tutores é realizado no ambiente online - o relacionamento ocorre por meio de e-mails, fóruns na plataforma do curso e chats. As aulas podem ser gravadas ou ao vivo, com materiais on-line para consulta e flexibilidade para estudar onde e quando quiser.
E o diploma de curso EAD vale tanto quanto o de um presencial - ou seja, propicia ao aluno ocupar cargos que exigem maior qualificação, concorrer a concursos públicos de nível superior e entrar em pós-graduações também. No mercado de trabalho, dependendo do contratante ainda existe uma preferência por alunos de graduação presencial, mas isso vem mudando a cada ano que passa.
Principais características e vantagens do ensino presencial
O ensino presencial, por sua vez, segue o mesmo modelo que todos nós tivemos na educação básica - a sala de aula com o professor na frente explicando o conteúdo e as provas e trabalhos com datas marcadas.
A grande vantagem são as interações e dinâmicas que ocorrem dentro de sala de aula e a maior facilidade de criar relacionamentos com colegas e professores. Além disso, é possível usufruir da infraestrutura da universidade para realizar trabalhos em grupo, estudo individual, assim como participar de eventos e atividades extra-curriculares. O estudante pode fazer parte de um time da instituição nas competições universitárias e outras atividades que o ensino presencial viabiliza.
Avalie também se o seu acesso à tecnologia e conexão de Internet são boas antes de optar pela modalidade EAD, já que problemas de conexão nas videoconferências ao vivo podem te prejudicar.
Como saber qual é a melhor opção para mim?
Não existe uma resposta certa ou errada para essa pergunta - pois essa escolha deve ser feita tendo em mente o seu perfil como estudante.
Se você prefere ter um contato mais próximo e direto com o professor e com os colegas - aquela experiência tradicional da faculdade - incluindo a rotina de ir diariamente à aula, então o presencial é a melhor pedida.
Se você já tem mais afazeres, trabalho, família ou outras responsabilidades que dificultam a locomoção diária para a aula presencial, a modalidade a distância será a melhor opção, pois possibilita que você estude nos horários livres - diretamente da sua casa.
Tipo de curso que cada instituição oferece
Ao escolher seu curso, também procure avaliar o mesmo curso de outras instituições, pois o mesmo curso pode ter diferentes objetivos e focos principais que mudam em cada instituição.
Ou seja, o curso numa universidade pode ter um foco mais acadêmico e noutra instituição o foco seja mais voltado para o mercado de trabalho. Também pode ser mais direcionado para determinada área de atuação, ou mesmo mais teórico ou mais prático.
O importante é você pesquisar bastante, conversar com alunos ou ex-alunos destes cursos e refletir muito antes de bater o martelo entre uma ou outra universidade, afinal opções de faculdade não faltam.
Entenda a diferença entre universidade federal, estadual e privada
Todas as vagas de ensino superior são oferecidas por instituições como:
universidades
faculdades
institutos superiores
centros de educação tecnológica
Universidades Estaduais
As universidades estaduais são mantidas pelos estados e contam com cursos de graduação gratuitos e oferecem também cursos de extensão com valores mais em conta. Instituições estaduais contam com campus unicamente no estado de origem.
Universidades Federais
No caso das universidades federais, elas são instituições públicas de ensino superior mantidas pelo Governo Federal e oferecem a graduação gratuita para o estudante, mas a pós-graduação possui cobrança de mensalidade, mas com valor abaixo de universidades particulares.
Também oferta opções de mestrado e doutorado - com taxa de inscrição nos processos seletivos - e com a possibilidade de bolsa para permanência do aluno.
Universidades federais podem ter campus em mais de um estado - diferente das instituições estaduais como explicamos acima.
Universidade particular
A universidade particular é regulamentada pelo Ministério da Educação mas com financiamento e administração de instituições privadas. O ensino oferecido não é gratuito, porém existem programas de acesso que beneficiam estudantes através de programas de bolsas de ensino e/ou de financiamento estudantil pelo governo federal ou privado.
Empregabilidade pós formatura e ingresso no mercado de trabalho.
Depois de todas essas etapas analisadas com cuidado, é o momento de pensar se a universidade escolhida oferece possibilidades de capacitação para o mercado de trabalho.
Com pessoal cada vez melhor qualificado, aumenta a concorrência no mercado de trabalho. Por isso, é importante verificar a empregabilidade dos profissionais formados pela faculdade que você pretende cursar.
Seja qual for as opções que estão na mesa no momento é importante que você realize pesquisas e conheça bem as particularidades das áreas de formação que estão na sua lista.
Você deve se questionar antes da decisão final sobre algumas questões:
Quais campos de trabalho oferecem maior número de vagas em aberto na sua futura profissão?
Em que empresas da sua cidade atual você gostaria de trabalhar?
Se você desejar mudar-se de cidade, haverá empregabilidade para sua área?
O que a área desejada exige de seus profissionais?
Como está a realidade da sua área de atuação nas regiões próximas?
Busque uma universidade que prime pela sua qualificação teórica e prática
O ideal é que você opte por uma universidade que trabalhe com o contexto de capacitar os jovens durante a jornada de formação acadêmica, de forma que eles adquiram experiência na área e possam chegar no mercado de trabalho mais preparados para o futuro.
Universidades que possibilitam formas de experiência universitária como estágios, aprendizagem, empresa junior, participação em pesquisas ciêntificas e afins, preparam os estudantes para o mercado e sua carreira de trabalho em situações reais e práticas - como se fosse uma etapa de amadurecimento e equilíbrio emocional para enfrentamento dos desafios que virão após a graduação.
Informe-se se a instituição possui programas de inclusão de alunos no mundo de trabalho ou se promove eventos em parceria com empresas com o intuito de estreitar laços de relacionamento e construir networking. O mercado valoriza experiências profissionais durante a graduação.
Independente do curso e da modalidade escolhida, é importante que você observe os indicadores que comprovem a qualidade da instituição, a sua reputação e se esta é reconhecida pelo mercado empregador.
Calma, clareza e decisões bem pensadas são nossa dica
Como você percebeu, muitas são as etapas para escolher a universidade e o curso que será realizado, então faça tudo da forma mais pensada possível, pois a universidade num primeiro plano é o caminho para você aprofundar o conhecimento na área escolhida.
O próximo plano é que ela ofereça a experiência acadêmica necessária que lhe permita vivenciar a profissão desejada e começar a construir o seu currículo de maneira que as portas do mercado de trabalho estejam abertas para você.
Nosso conselho final é: trabalhe em algo que você gosta pois esta é uma forma de sentir que está investindo o seu tempo - e seu dinheiro! - em algo que lhe traz não apenas o retorno financeiro, mas a sua satisfação pessoal que é o mais importante!
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