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Criminologista

Você já se interessou por entender as causas da violência, o comportamento criminoso e os caminhos para a prevenção do crime? A profissão de criminologista pode ser exatamente o que você procura. Este profissional se dedica a estudar o crime em suas múltiplas dimensões — psicológica, social, jurídica e institucional — com o objetivo de propor soluções eficazes para os problemas relacionados à criminalidade.


Com uma abordagem científica e interdisciplinar, o criminologista analisa o fenômeno criminal em profundidade, estudando padrões de comportamento, fatores de risco, políticas públicas, sistemas penitenciários e estratégias de reintegração social. Sua atuação é fundamental para a construção de uma sociedade mais segura, justa e baseada em dados reais, não apenas em suposições ou estigmas.


Neste guia, você vai entender o que faz um criminologista, como é sua rotina de trabalho, onde pode atuar, qual a formação necessária, as habilidades exigidas, o mercado e muito mais. Se você se interessa por justiça, comportamento humano e transformação social, vem comigo descobrir tudo sobre essa profissão!


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O que é um Criminologista


Criminologista é o profissional que estuda o crime, o criminoso, a vítima e o controle social de forma científica. Ele busca compreender os fatores que influenciam o comportamento criminoso e propõe estratégias para a prevenção e o enfrentamento da criminalidade. O trabalho do criminologista vai além da repressão: é uma atividade analítica, reflexiva e propositiva.


Esse profissional atua com base em conhecimentos das áreas do direito, sociologia, psicologia, antropologia e estatística. Ele investiga causas sociais e individuais do crime, avalia políticas criminais e penitenciárias e pode colaborar na formulação de leis, planos de segurança e projetos de ressocialização de presos.


No Brasil, o termo "criminologista" nem sempre é usado oficialmente, mas o trabalho é exercido por profissionais com formação em áreas afins e especialização em criminologia. Em muitos países, a criminologia é uma carreira consolidada, com forte presença acadêmica e institucional.


O que faz


·       Estuda as causas e os efeitos da criminalidade;

·       Analisa o perfil de criminosos e vítimas;

·       Desenvolve pesquisas sobre segurança pública e justiça criminal;

·       Avalia políticas de prevenção e controle do crime;

·       Presta consultoria a órgãos públicos e privados;

·       Elabora diagnósticos e relatórios técnicos;

·       Colabora com advogados, psicólogos, assistentes sociais e policiais;

·       Propõe ações de reinserção social de ex-detentos;

·       Acompanha a execução penal e a situação carcerária;

·       Participa de investigações e perícias em casos específicos.


Além das atividades técnicas e acadêmicas, o criminologista também pode trabalhar diretamente com populações vulneráveis, propondo ações que reduzam o risco de envolvimento com o crime. O trabalho exige escuta ativa, análise crítica e responsabilidade social.


Responsabilidades


·       Produzir estudos e pesquisas sobre fenômenos criminais;

·       Identificar fatores de risco e proteção relacionados ao crime;

·       Analisar estatísticas criminais e propor interpretações;

·       Contribuir para políticas públicas de segurança e justiça;

·       Apoiar instituições no desenvolvimento de programas de prevenção;

·       Acompanhar e avaliar o sistema prisional;

·       Elaborar pareceres técnicos para processos judiciais;

·       Respeitar os princípios éticos da profissão e os direitos humanos;

·       Promover a integração entre ciência, sociedade e justiça;

·       Estar em constante atualização com debates contemporâneos.


Essas responsabilidades demonstram a importância estratégica do criminologista na formulação de respostas mais humanas e eficazes aos desafios da criminalidade. A profissão requer, além de conhecimento técnico, sensibilidade social e compromisso com a justiça.


Áreas de atuação


·       Instituições públicas de segurança e justiça (Secretarias de Segurança, Defensorias, Ministério Público);

·       Universidades e centros de pesquisa;

·       ONGs e instituições de direitos humanos;

·       Tribunais e escritórios de advocacia criminal;

·       Sistema penitenciário e socioeducativo;

·       Organizações internacionais (ONU, OEA, Unesco);

·       Consultorias e think tanks na área de segurança pública;

·       Projetos sociais e comunitários de prevenção ao crime;

·       Escolas e programas educativos sobre violência e cidadania;

·       Mídia e produção de conteúdo sobre criminalidade.


A diversidade de espaços de atuação permite que o criminologista escolha caminhos que estejam mais alinhados ao seu perfil, seja na linha de frente, na gestão pública, na academia ou no ativismo social.


Como se tornar um Criminologista


Não há uma graduação específica em criminologia no Brasil reconhecida pelo MEC, mas há várias formas de se tornar um criminologista. O caminho mais comum é se formar em cursos como Direito, Psicologia, Sociologia, Serviço Social ou Ciências Sociais e, depois, realizar uma especialização ou pós-graduação em criminologia.


Muitos profissionais também ingressam na área por meio de concursos públicos para a área de segurança e justiça e, posteriormente, aprofundam seus conhecimentos em criminologia. Outra possibilidade é atuar na pesquisa acadêmica, ingressando em programas de mestrado ou doutorado com foco em temas criminais.


Em outros países, como os Estados Unidos e o Reino Unido, existem cursos específicos de graduação e pós-graduação em criminologia. No Brasil, cresce a oferta de cursos livres e MBAs na área, especialmente com enfoque em criminologia forense, política criminal, execução penal e justiça restaurativa.


Habilidades necessárias para a profissão


·       Pensamento crítico e analítico;

·       Boa capacidade de observação e investigação;

·       Conhecimento de ciências humanas e jurídicas;

·       Comunicação oral e escrita eficaz;

·       Empatia e escuta ativa;

·       Capacidade de trabalho em equipe multidisciplinar;

·       Interesse por justiça social e direitos humanos;

·       Familiaridade com dados e estatísticas;

·       Ética profissional e responsabilidade social;

·       Atualização constante sobre temas da criminalidade.


Essas habilidades são desenvolvidas ao longo da formação e da prática profissional. O criminologista precisa estar preparado para lidar com temas delicados, contextos de vulnerabilidade e ambientes institucionalmente complexos.


Salário médio


O salário de um criminologista pode variar bastante de acordo com sua formação, área de atuação e local de trabalho. Profissionais que atuam na área acadêmica (professores e pesquisadores) costumam receber entre R$ 4.000 e R$ 8.000. Já os que trabalham em órgãos públicos, como analistas ou consultores, podem ter salários entre R$ 5.000 e R$ 12.000, dependendo do cargo e da experiência.


Consultores e especialistas que prestam serviço para ONGs, governos ou empresas privadas podem ganhar ainda mais, especialmente se possuírem mestrado ou doutorado na área. Em concursos públicos, como os da área jurídica ou de segurança, o conhecimento em criminologia também é valorizado como diferencial. (Fonte: Catho, 2025)


Local e ambiente de trabalho


O criminologista pode atuar em diversos tipos de ambientes: escritórios, instituições públicas, centros de pesquisa, unidades prisionais, organizações sociais, escolas e até em campo, quando realiza visitas técnicas, entrevistas e diagnósticos comunitários.


Em ambientes acadêmicos, o trabalho envolve pesquisa, produção de artigos, participação em eventos e orientação de alunos. Já em órgãos públicos e ONGs, a atuação pode incluir elaboração de projetos, gestão de programas, consultoria e monitoramento de políticas públicas.


É comum o trabalho interdisciplinar, ao lado de advogados, psicólogos, assistentes sociais, policiais, sociólogos, antropólogos, educadores e gestores públicos. A rotina pode ser intensa, especialmente quando o criminologista lida com processos criminais, conflitos urbanos ou políticas de segurança emergenciais.


Mercado de trabalho


O mercado para criminologistas está em crescimento, especialmente em tempos em que a segurança pública e a justiça criminal são temas centrais nas discussões sociais e políticas. A demanda por profissionais com visão crítica, científica e interdisciplinar vem aumentando tanto no setor público quanto no privado.


Nas universidades, cresce a oferta de cursos e programas voltados para criminologia, o que amplia a necessidade de professores e pesquisadores especializados. Em órgãos públicos, a exigência por diagnósticos e avaliações técnicas de políticas públicas estimula a contratação de consultores e analistas com formação em criminologia.


Além disso, áreas como justiça restaurativa, mediação de conflitos, políticas de desencarceramento e prevenção à violência têm se expandido, oferecendo novos espaços de atuação. Projetos de inclusão social, programas de egressos do sistema penal e ações comunitárias também contam com a presença de criminologistas.


A atuação em organizações internacionais, como agências da ONU, OEA ou instituições de pesquisa global, também está acessível aos profissionais da área, especialmente para aqueles com fluência em outros idiomas e formação avançada.


Embora ainda não seja regulamentada como profissão com conselho próprio, a atuação do criminologista é cada vez mais reconhecida e valorizada em diferentes contextos institucionais. A construção de uma carreira sólida passa pelo investimento contínuo em formação, experiência prática e produção de conhecimento.


Perguntas frequentes sobre a profissão


1.     Existe faculdade de criminologia no Brasil?

Ainda não há graduação reconhecida pelo MEC com esse nome, mas é possível se formar em áreas afins e se especializar em criminologia.


2.     Criminologia é a mesma coisa que criminalística?

Não. Criminologia é ciência social que estuda o crime e seus fatores. Criminalística lida com provas materiais e perícia, ligada à investigação técnica.


3.     Um criminologista pode trabalhar na polícia?

Sim. Muitos atuam como analistas, consultores, pesquisadores ou educadores dentro de instituições policiais ou ligadas à segurança pública.


4.     É preciso fazer mestrado ou doutorado?

Não é obrigatório, mas é um diferencial, especialmente para quem deseja atuar na pesquisa ou em cargos de consultoria e ensino superior.


5.     O criminologista pode atuar em causas sociais?

Sim. Ele pode trabalhar com prevenção da violência, direitos humanos, assistência a egressos do sistema penal, mediação comunitária, entre outros.


Links e vídeos úteis


·       https://www.unodc.org/

 

1 comentário


eu gostei bastante


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