Engenheiro Elétrico
- victornunes88
- há 6 dias
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A Engenharia Elétrica é uma das áreas mais versáteis e essenciais da Engenharia. Presente em praticamente todas as inovações tecnológicas dos últimos séculos, essa profissão é responsável pelo desenvolvimento, instalação e manutenção de sistemas elétricos que alimentam casas, indústrias, hospitais, redes de telecomunicação, entre muitos outros. Com a transição energética global, o profissional dessa área está cada vez mais envolvido em soluções sustentáveis e inovadoras.
Basta olhar ao redor para perceber a presença da Engenharia Elétrica em nossa vida cotidiana: desde o simples ato de acender uma lâmpada até o funcionamento de um celular, tudo depende de circuitos e sistemas elétricos bem projetados. Quando você utiliza um elevador, liga a televisão ou conecta seu notebook na tomada, há toda uma rede elétrica que foi pensada e implementada por engenheiros da área. Nos hospitais, esses profissionais garantem que equipamentos vitais funcionem ininterruptamente. Já nas cidades, eles são responsáveis por manter a infraestrutura energética que ilumina ruas, alimenta semáforos e permite o funcionamento de metrôs e trens.
Neste guia completo, vamos mostrar todos os detalhes sobre essa profissão, desde o que ela realmente é, suas atribuições diárias, onde o engenheiro pode atuar, quanto ganha, até como ingressar nessa carreira que mistura matemática, física e tecnologia de forma brilhante.

O que é um Engenheiro Elétrico?
O Engenheiro Elétrico é o profissional capacitado para trabalhar com energia elétrica em todas as suas formas: geração, transmissão, distribuição e utilização. Ele projeta, analisa e supervisiona sistemas elétricos em múltiplos contextos, desde usinas hidrelétricas até dispositivos eletrônicos portáteis.
Esse profissional tem um papel fundamental no funcionamento da infraestrutura moderna, e sua atuação está diretamente ligada à segurança, eficiência e inovação nos sistemas energéticos e tecnológicos.
O que faz um Engenheiro Elétrico?
· Desenvolve projetos de instalações elétricas residenciais, comerciais e industriais;
· Supervisiona sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia;
· Trabalha com automação industrial e controle de processos;
· Realiza manutenção preventiva e corretiva em sistemas elétricos;
· Garante que os sistemas estejam de acordo com normas técnicas e legislação;
· Desenvolve soluções de energia renovável, como solar e eólica;
· Avalia eficiência energética de equipamentos e sistemas;
· Elabora estudos de viabilidade técnica e econômica de projetos;
· Trabalha com sistemas de telecomunicações e eletrônica de potência;
· Presta consultorias técnicas e emite laudos.
A rotina de um engenheiro elétrico varia bastante conforme a especialização e o setor de atuação, mas costuma envolver muito planejamento, análise de dados, testes em campo, leitura de projetos e contato com equipes multidisciplinares.
Responsabilidades
· Elaborar projetos de instalações e redes elétricas;
· Garantir o cumprimento de normas técnicas e de segurança;
· Realizar medições e testes em circuitos elétricos;
· Planejar sistemas de proteção elétrica;
· Implementar soluções sustentáveis de energia;
· Coordenar equipes técnicas e operacionais;
· Controlar orçamento e cronograma de obras;
· Produzir relatórios técnicos e pareceres;
· Pesquisar novas tecnologias e materiais;
· Avaliar riscos elétricos e implantar medidas preventivas.
Essas responsabilidades exigem um alto grau de precisão, responsabilidade e atualização constante, pois envolvem riscos à segurança de pessoas e bens materiais.
Áreas de atuação
· Energia (geradoras, distribuidoras, renováveis);
· Telecomunicações;
· Indústria (automotiva, alimentícia, metalúrgica);
· Construção civil e infraestrutura;
· Setor público (planejamento energético, fiscalização);
· Tecnologia e automação;
· Consultorias e auditorias;
· Ensino e pesquisa.
A Engenharia Elétrica está presente em quase todos os setores produtivos e de serviço. Por isso, é uma das engenharias com maior diversidade de atuação no mercado.
Como se tornar um Engenheiro Elétrico
Para se tornar engenheiro elétrico é necessário cursar o ensino superior em Engenharia Elétrica, curso com duração média de cinco anos e que deve ser reconhecido pelo MEC. Após a conclusão, o profissional deve obter o registro junto ao CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) para poder exercer legalmente a profissão.
Durante a graduação, o aluno tem disciplinas de base como Cálculo, Física, Circuitos Elétricos, Eletromagnetismo, Eletrônica, Sistemas de Potência, entre outras. Também são exigidos estágios obrigatórios e um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
Após formado, o engenheiro pode fazer pós-graduações, MBAs ou mestrados em áreas como energia solar, engenharia biomédica, telecomunicações, entre outras.
Habilidades necessárias para a profissão
· Raciocínio lógico e matemático;
· Conhecimento técnico em eletricidade e eletrônica;
· Capacidade de resolver problemas complexos;
· Boa comunicação e trabalho em equipe;
· Proatividade e pensamento crítico;
· Atenção aos detalhes e precisão;
· Capacidade de liderança e organização;
· Interesse por tecnologia e inovação;
· Domínio de softwares de engenharia e modelagem;
· Conhecimento em normas técnicas e legislação.
Salário médio
O salário de um engenheiro elétrico pode variar bastante conforme a região do país, o nível de experiência do profissional, a área de atuação e o porte da empresa contratante. De acordo com a plataforma Salario.com.br (dados de 2025), o salário médio no Brasil é de R$ 7.890,00. No entanto, esse valor pode sofrer alterações significativas.
Profissionais em início de carreira, especialmente em regiões do Norte e Nordeste, podem começar com salários entre R$ 3.500,00 e R$ 5.000,00. Já no Sudeste e Sul, esses valores podem ser um pouco mais altos, variando entre R$ 4.500,00 e R$ 6.500,00. Com o ganho de experiência e especialização, o engenheiro pode alcançar salários de R$ 10.000,00 a R$ 15.000,00, especialmente em cargos de coordenação ou gerência.
Em setores estratégicos como energia renovável, automação industrial, e projetos em grandes construtoras, os salários tendem a ser mais elevados. Por exemplo, em empresas de tecnologia e multinacionais, um engenheiro elétrico sênior pode ultrapassar os R$ 18.000,00 mensais, principalmente se atuar em áreas de alta complexidade técnica ou gestão de grandes equipes e projetos.
Além disso, engenheiros autônomos que atuam como consultores ou projetistas em projetos especializados também podem obter rendimentos expressivos, dependendo da demanda e reputação profissional.
Local e ambiente de trabalho
O engenheiro elétrico pode trabalhar em escritórios, laboratórios, fábricas, canteiros de obra, usinas de energia, entre outros. Sua rotina pode envolver desde atividades administrativas e de planejamento, até visitas a campo, medições e testes em sistemas energéticos.
O ambiente costuma ser desafiador, com alta exigência técnica e de responsabilidade. Em algumas situações, é necessário uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e cumprimento rigoroso de normas de segurança.
Mercado de trabalho
O mercado de trabalho para o engenheiro elétrico é bastante promissor, especialmente no contexto de transição energética e digitalização da indústria. Com o avanço das energias renováveis, da mobilidade elétrica, da Internet das Coisas (IoT) e da Indústria 4.0, esse profissional se torna cada vez mais essencial.
Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a taxa de ocupação entre engenheiros no Brasil gira em torno de 95%, e a Engenharia Elétrica está entre as cinco engenharias com maior empregabilidade. O setor de energia, por exemplo, tem recebido bilhões em investimentos, o que gera uma grande demanda por engenheiros qualificados.
Estudos da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) apontam que a geração distribuída no Brasil gerou mais de 190 mil empregos em 2024, com expectativa de crescimento anual de 30% até 2030.
A área de eficiência energética também cresce a passos largos, impulsionada por legislações ambientais e busca por redução de custos nas indústrias.
Setores como construção civil, indústria automobilística (especialmente com o avanço dos veículos elétricos), telecomunicações e tecnologia da informação têm ampliado suas contratações. O engenheiro elétrico também encontra boas oportunidades no setor público, em empresas como Eletrobras, Aneel e agências reguladoras.
Outra tendência é a internacionalização da carreira. Com boas habilidades em inglês e certificações reconhecidas (como PMP, Six Sigma e especializações em energias renováveis), o engenheiro elétrico pode atuar em multinacionais ou buscar oportunidades em países com alta demanda, como Canadá, Alemanha e Austrália.
Além disso, há também espaço para empreender: muitos engenheiros abrem seus próprios escritórios de projeto e consultoria, tornam-se especialistas em instalação de sistemas fotovoltaicos ou desenvolvem soluções tecnológicas para cidades inteligentes.
Estudos de caso revelam que engenheiros elétricos com foco em automação industrial e energia solar têm alcançado rápida ascensão na carreira, especialmente quando combinam conhecimento técnico com habilidades em gestão de projetos e visão estratégica.
Perguntas frequentes sobre a profissão
1. Precisa gostar de matemática para ser engenheiro elétrico?
Sim, a matemática é essencial para os cálculos e simulações que fazem parte da rotina do profissional.
2. Qual a diferença entre Engenharia Elétrica e Eletrônica?
A Engenharia Elétrica é mais ampla, envolvendo sistemas de potência e energia. A Eletrônica é uma especialização focada em dispositivos e circuitos de baixa tensão.
3. Existe mercado para mulheres nessa área?
Sim! Cada vez mais mulheres têm ocupado espaço nas engenharias, e o mercado está mais aberto e diverso.
4. Posso trabalhar como engenheiro elétrico sem CREA?
Não. Para atuar legalmente, é necessário ter registro no Conselho Regional.
5. Engenharia Elétrica tem muita física?
Sim, especialmente nos primeiros anos do curso. É importante entender conceitos como corrente, tensão, resistência e campos magnéticos.
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