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Manicure

Gosta de trabalhar com pessoas, tem boa coordenação e curte ver um resultado lindo na hora? A manicure é a profissional que cuida da aparência e da saúde básica das unhas, levando autoestima e bem-estar para o dia a dia das clientes.


A rotina combina habilidade manual, organização, higiene e acolhimento — seja no salão, na esmalteria, no estúdio próprio, em domicílio ou em eventos. É uma carreira de entrada rápida, ótima para quem está no Ensino Médio ou acabou de concluir e quer começar a ganhar experiência, montar carteira de clientes e, se quiser, empreender como MEI (microempreendedora individual).


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O que é uma Manicure


A manicure é a profissional que higieniza, prepara e embeleza as unhas das mãos (e muitas vezes também cuida dos pés, quando acumula a função de pedicure), aplicando esmaltes, tratamentos simples e decorações, sempre com cuidados de higiene e atenção ao conforto da cliente.


O que faz


  • Recepciona a cliente e organiza a ficha (nome, preferências, histórico).

  • Higieniza mãos e materiais seguindo protocolos da vigilância sanitária.

  • Corta, lixa e modela as unhas conforme preferência.

  • Prepara a lâmina (limpeza suave, retirada controlada de cutícula quando cabível).

  • Esmalta com técnica limpa (camadas finas, acabamento, secagem).

  • Realiza nail art simples (francesinha, adesivos, glitter, pedrinhas).

  • Aplica tratamentos básicos (base fortalecedora, óleo de cutícula, hidratação).

  • Orienta sobre cuidados em casa (secagem, produtos, intervalo entre químicas).

  • Organiza e esteriliza instrumentos entre atendimentos.

  • Controla estoque de esmaltes, lixas, palitos, algodão e descartáveis.

  • Registra pagamentos e agendas; confirma retornos e promoções.

  • Atende em domicílio ou em eventos, quando oferece serviço móvel.


No dia a dia, a manicure alterna técnica e acolhimento: conversa para entender o que a pessoa quer, faz escolhas de cor e acabamento, cuida da higiene do início ao fim e entrega um resultado fotogênico. Em salões, o ritmo pode ser por agenda cheia, com sequências de 30 a 60 minutos por cliente. Em esmalterias e serviços “delivery”, a organização do material esterilizado, dos descartáveis e do tempo de deslocamento é essencial. A Anvisa publicou, em 2024, uma nota técnicacom orientações para serviços de estética e embelezamento — reforçando a importância de boas práticas e inspeções sanitárias.


Responsabilidades


  • Cumprir protocolos de biossegurança (EPI, lavagem de mãos, limpeza de superfícies).

  • Esterilizar alicates e espátulas e usar itens descartáveis (lixa, palito) por cliente.

  • Checar validade e conservação de produtos (esmaltes, removedores, cremes).

  • Evitar procedimentos invasivos e respeitar limites de atuação.

  • Identificar sinais de alerta (feridas, fungos) e orientar a procurar serviço de saúde.

  • Organizar o posto de trabalho (antes, durante e após cada atendimento).

  • Registrar agenda, pagamentos e preferências de cada cliente.

  • Zelar pelo bem-estar (postura, conforto, comunicação respeitosa).

  • Respeitar normas locais de vigilância sanitária e do estabelecimento.

  • Manter materiais em kits devidamente limpos, embalados e separados por cliente.

  • Comunicar incidentes (cortes, reações) ao responsável do salão e à cliente.

  • Atualizar-se com cursos breves de higiene, tendências e atendimento.


Essas rotinas protegem você e a cliente. O Ministério da Saúde lembra que não se compartilham alicates e objetos cortantes: eles podem transmitir hepatites virais se não forem esterilizados corretamente (o ideal é autoclave, e os descartáveis devem ser trocados a cada cliente). A Anvisa orienta vigilâncias e profissionais a observarem esterilização, limpeza, armazenamento e descarte.


Áreas de atuação


  • Salões de beleza e esmalterias (equipes fixas ou parceria).

  • Estúdios próprios (sala alugada ou home studio).

  • Atendimento a domicílio (delivery de manicure).

  • Eventos (casamentos, formaturas, ações em empresas).

  • Spas, hotéis e cruzeiros (serviços para hóspedes).

  • Produções de moda/TV (backstage com maquiadores e cabeleireiros).


Além do salão tradicional, cresce a demanda por serviço personalizado em casa ou no trabalho da cliente — formato “delivery” que facilita para quem tem pouco tempo ou mobilidade reduzida. O Sebrae destaca que o atendimento a domicílio vem se consolidando como oportunidade de negócio, exigindo apenas o reforço das práticas de higiene e a organização do kit portátil.


Como se tornar uma


Você pode começar rápido. O caminho típico inclui:


  1. Curso livre ou técnico profissionalizante. Existem formações de curta duração e trilhas mais completas, que ensinam organização de atendimento, biossegurança, técnicas de esmaltação, nail art básica e gestão simples(agenda, precificação, fotos). Dê preferência a escolas com prática supervisionada e módulos de higiene na grade. O Sebrae tem materiais e trilhas específicas para beleza.

  2. Prática e portfólio. Treine em modelos (com consentimento), fotografe trabalhos com boa luz e monte um portfólio no celular (antes/depois).

  3. Formalização (opcional, recomendada). Como MEI, você consegue CNPJ, nota fiscal e benefícios previdenciários. A atividade CNAE 9602-5/01 é aceita para MEI, e o Portal do Empreendedor centraliza as etapas.

  4. Trabalho em salão/esmalteria. Muitos estabelecimentos contratam por parceria, modelo previsto na Lei 13.352/2016. Nesse arranjo, o salão centraliza recebimentos e repasses, e as regras de porcentagem e responsabilidades ficam em contrato. Leia com atenção antes de assinar.

  5. Biossegurança sempre. Atualize-se com as orientações da Anvisa para serviços de embelezamento e com as campanhas do Ministério da Saúde sobre hepatites — isso é diferencial e fideliza cliente.


Habilidades necessárias para a profissão


Antes de dominar modinhas de nail art, o que mais pesa é atitude profissional:


  • Higiene e cuidado (seguir passos de limpeza e esterilização).

  • Coordenação motora fina e mão leve.

  • Capricho estético (acabamento, combinação de cores, simetria).

  • Comunicação e acolhimento (ouvir, sugerir, explicar).

  • Organização (agenda, estoque, kits estéreis/descartáveis).

  • Gestão simples (preço, tempo por serviço, recebimentos).

  • Resolução de problemas (esmaltou errado? respingou? respira e corrige).

  • Atualização constante (tendências, produtos, biossegurança).


Quem cuida bem da experiência (pontualidade, ambiente limpo, pagamento fácil, fotos bonitas para o feed) cresce mais rápido que quem só “sabe fazer unha”.


Salário médio


Quanto ganha uma manicure? Nas relações CLT, o Salario.com.br (dados do Novo CAGED, por CBO 5161-20) traz faixas por estado e porte com piso, média e teto. A página é útil para comparar propostas formais e ver variações regionais. Em paralelo, plataformas como Glassdoor reúnem salários autorrelatados, úteis para ter outra referência do que está sendo praticado. Lembre que muita gente trabalha como parceira de salão (comissão definida em contrato) ou como MEI (fixa os próprios preços), então a renda final depende de agenda, ticket médio e custos (produtos, deslocamento, aluguel de sala).


Local e ambiente de trabalho


O ambiente precisa ser agradável, limpo e seguro. Na bancada, tudo começa pela organização do posto: toalhas ou campos limpos, lixeiras com pedal, frascos identificados, kits esterilizados (alicates e espátulas) e descartáveisseparados (lixa, palito). Entre um atendimento e outro, limpar e desinfetar superfícies e trocar itens que não podem ser reutilizados. Em esmalterias e salões maiores, há fluxos padronizados (checklists de abertura/fechamento, registro de limpeza, controle de autoclave).


Quem trabalha a domicílio leva um kit portátil: materiais embalados e estéreis, descartáveis suficientes, álcool, EPI, tapetinho para apoio e um checklist para não esquecer nada. A Anvisa orienta vigilâncias e profissionais a observarem esterilização, armazenamento e boas práticas; o Ministério da Saúde reforça que não se compartilham objetos cortantes e que a vacina de hepatite B é prevenção importante para todos.


Mercado de trabalho


O mercado para manicure no Brasil é grande, plural e resistente a crises — porque une autocuidado, moda e conveniência. Alguns motores que sustentam a demanda:


1) Tamanho e dinamismo do setor de beleza. A indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC), que inclui esmaltes e cuidados com as unhas, é uma das mais relevantes do país e acompanha o consumo de beleza. Relatórios e painéis da ABIHPEC mostram o setor ativo e com iniciativas para acompanhar tendências e dados de mercado — cenários que costumam “puxar” serviços nos salões.


2) Empreendedorismo de base. A formalização como MEI vem crescendo de forma consistente no segmento: foram 180,8 mil novos MEI de beleza em 2023, segundo o Sebrae. Isso significa mais profissionais oferecendo serviço nas cidades e nos bairros, do estúdio próprio ao atendimento a domicílio — um formato que ganhou tração pela conveniência e pelos aplicativos de agendamento. Para quem está começando, é oportunidade de entrar no jogo com pouco investimento inicial e foco em qualidade + indicação.


3) Parceria salão-profissional. A Lei 13.352/2016 organizou um modelo muito comum: a parceria. Em vez de vínculo tradicional de emprego, o salão centraliza recebimentos e repasse ao profissional, com termos descritos no contrato de parceria (agenda, comissão, responsabilidades). Esse formato dá previsibilidade e reduz conflitos, desde que as condições sejam claras e equilibradas.


4) Segurança e confiança como diferencial. A biossegurança virou critério de escolha. Conteúdos da Anvisa e do Ministério da Saúde reforçam procedimentos de esterilização (preferencialmente autoclave para materiais que podem ter contato com sangue) e uso de descartáveis por cliente. Profissionais que mostram o processo (instrumentos embalados, lacres, lixa nova) passam credibilidade e fidelizam.


5) Tendências e upsell. Guias do Sebrae destacam que acompanhar cores da estação, texturas, nail art e serviços complementares (spa das mãos, hidratação, blindagem) é um jeito simples de aumentar o ticket médio — sempre respeitando as boas práticas e o conforto da cliente. Fotos de qualidade e atendimento gentil completam o combo.


Onde começar e como crescer?


  • Esmalterias e salões de bairro: portas de entrada para ganhar ritmo e aprender padrões.

  • Home studio: baixo custo fixo; invista em ambiente, iluminação e higiene visível.

  • Domicílio: ótimo para quem quer flexibilidade e agenda dinâmica.

  • Parcerias em eventos: casamentos e formaturas pedem equipe ágil e acabamento impecável.


Dicas práticas para decolar:Monte um kit de biossegurança (EPI, descartáveis, embalagens), um kit de fotos (luz, fundo neutro), roteiros de mensagem (confirmação de agenda, pós-atendimento) e uma planilha simples para custos e precificação. Faça cursos curtos (técnica + biossegurança), pegue feedback sincero e cuide da postura (gentileza + profissionalismo). O boca a boca segue sendo a maior vitrine da manicure — e ele nasce no capricho do seu trabalho.


Perguntas frequentes sobre a profissão


Preciso de diploma técnico para trabalhar como manicure? Não há uma exigência nacional de diploma específico. Porém, cursos livres/profissionalizantes são muito recomendados (ensinam técnica, higiene e atendimento), e alguns salões preferem quem já tem certificação.


Posso ser MEI? Sim. A atividade está na CNAE 9602-5/01 (Cabeleireiros, manicure e pedicure), aceita para MEI. O Portal do Empreendedor reúne os passos para formalizar


É obrigatório usar autoclave? A Anvisa orienta que materiais que possam ter contato com sangue (ex.: alicates) sejam esterilizados adequadamente(autoclave é o método mais indicado) e que descartáveis sejam trocados a cada cliente. As exigências específicas podem variar por vigilância sanitária local; informe-se no seu município.


Como funciona a parceria com salão? A Lei 13.352/2016 criou a figura do salão-parceiro e profissional-parceiro, com regras para contrato, repasses e responsabilidades.


Links e vídeos úteis


1 comentário

e2478444
há 2 dias

Irei ser uma Otima profissional.

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