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Motorista

Gosta de dirigir, é atento aos detalhes e curte a ideia de “fazer a cidade funcionar”? A profissão de motorista pode ser o seu caminho. Há espaço para quem conduz carros de passeiovans e ônibuscaminhões e utilitários de entrega. O trabalho vai muito além do volante: envolve planejamento de rotassegurançabom relacionamento com pessoas e organização para cumprir horários e cuidar do veículo.


Com o avanço do e-commerce e dos serviços de entrega, aumentou a necessidade de motoristas no transporte urbano de mercadorias e no “último quilômetro” — em 2024, o comércio eletrônico no Brasil cresceu 10,5% e movimentou R$ 204,3 bilhões, o que puxa vagas em logística e entregas.


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O que é um motorista


De forma simples, motorista é quem transporta pessoas ou cargas com segurança e dentro das regras de trânsito, cuidando do veículo e do atendimento/entrega. Existem vários perfis: motorista de ônibus (urbano e rodoviário), de caminhãoentregador (vans e utilitários), motorista particular/executivoescolar e de aplicativos. Para atuar, você precisa ter CNH na categoria correta (A, B, C, D ou E) e, quando for atividade remunerada, incluir a observação EAR(“Exerce Atividade Remunerada”) na sua habilitação — um procedimento feito pelo Detran, com avaliação psicológica.


As categorias da CNH definem o que cada pessoa pode conduzir (ex.: B para carros, C para veículos de carga acima de 3.500 kg, D para transporte de passageiros com mais de 8 lugares, E para combinações com reboques pesados). Essas regras estão no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), artigo 143.


O que faz


  • Conduz veículos com atenção e direção defensiva.

  • Planeja rotas e ajusta trajeto conforme trânsito/obras.

  • Confere documentação do veículo e, quando for o caso, da carga.

  • Cumpre horários de coleta, entrega ou itinerário.

  • Atende passageiros/clientes com respeito e educação.

  • Zela pela segurança de todos (cintos, portas, assentos, carga adequada).

  • Inspeciona o veículo (combustível, pneus, luzes, limpeza).

  • Preenche registros simples (quilometragem, checklist, ocorrências).

  • Reporta problemas à liderança/manutenção.

  • Segue normas de descanso e pausas de acordo com a lei.

  • Colabora com a equipe de logística, despacho e operação.

  • Cuida da imagem da empresa (apresentação, gentileza, cuidado com o patrimônio).


No cotidiano, o motorista alterna rua e base/garagem. Em passageiros, a rotina tem pontos de parada, embarque/ desembarque e contato direto com gente. Em cargas, predomina coleta e entrega (docas, portarias, recepção de mercadorias). Em empresas maiores, há escala definida e apoio de despacho/telemetria; em entregas urbanas, o foco é agilidade e organização das encomendas. Em qualquer cenário, atenção, calma e comunicação fazem toda a diferença.


Responsabilidades


  • Respeitar leis de trânsito e dirigir com prudência.

  • Cumprir jornada e descansos previstos (saúde e segurança primeiro).

  • Cuidar do veículo (checklist, limpeza, abastecimento).

  • Garantir a segurança de passageiros/carga.

  • Verificar documentação do veículo e, quando aplicável, da carga.

  • Comunicar ocorrências (atrasos, panes, incidentes).

  • Usar EPI quando necessário (colete, luvas para carga, etc.).

  • Tratar bem passageiros, clientes e colegas.

  • Seguir procedimentos da empresa (embarque, descarga, conferências).

  • Evitar uso de celular ao volante e outras distrações.

  • Zelar pela imagem da empresa/marca.

  • Atuar com ética em todas as situações.


Para motoristas profissionais (cargas e passageiros), existe a Lei 13.103/2015 (“Lei do Motorista”), que trata de jornada e descanso. Em 2023, o STF reforçou pontos sobre descanso contínuo e outras regras, impactando rotinas de empresas e profissionais. O essencial: respeitar pausas e 11 horas de descanso em 24h (regras detalhadas na legislação e decisões do STF). 


Áreas de atuação


  • Transporte de passageiros urbano e rodoviário (ônibus, vans).

  • Transporte de cargas (caminhões leves, médios e pesados).

  • Entregas urbanas/logística (utilitários, VUC, vans).

  • Transporte escolar e de colaboradores (empresas).

  • Motorista particular/executivo e motorista de aplicativos.

  • Veículos especiais (ambulâncias, apoio a eventos, turismo).


Cada área tem ritmo e perfil de atendimento. No transporte urbano, há itinerários fixos; no rodoviário e de cargas, viagens e pernoites podem fazer parte; na entrega urbana, contam agilidade e organização das encomendas; no executivo/escolar, pontualidade e discrição são essenciais. A categoria da CNH e cursos complementares definem onde você pode atuar.


Como se tornar um


No ensino médio, você já pode treinar hábitos que importam: pontualidade, organização, atenção e respeito no trânsito (como pedestre e passageiro). Ao completar a idade mínima e cumprir os requisitos do Detran do seu estado, o passo inicial é tirar a CNH — normalmente categoria B (carros). Quem pretende trabalhar com cargas ou passageiros precisa mudar de categoriaC (veículos de carga acima de 3.500 kg), D (passageiros, mais de 8 lugares) e E (combinações com reboques pesados), conforme o CTB. Para trabalhar dirigindo (CLT, PJ ou autônomo), inclua a anotação EAR (“Exerce Atividade Remunerada”) na CNH, serviço disponível no Detran (ex.: São Paulo).


Algumas funções pedem cursos específicos (regulamentados pelo Contran), como transporte coletivo de passageirostransporte escolar e MOPP (produtos perigosos). Muitas formações e atualizações estão disponíveis no SEST SENAT, com foco em direção defensiva, atendimento, primeiros socorros e legislação. Para categorias C, D e E, a lei exige exame toxicológico na habilitação e renovação.


Como entrar no mercado: monte um currículo simples (CNH, categorias, cursos, experiências), organize contatos de referência, mantenha cadastro em empresas de transporte e logística da sua região e treine entrevista (postura e comunicação contam muito).


Habilidades necessárias para a profissão


Antes de qualquer técnica, vem postura e segurança:

  • Atenção contínua e direção defensiva.

  • Pontualidade e organização (rotas, documentos, horários).

  • Comunicação e cordialidade com público e equipe.

  • Gestão de tempo (paradas, prazos, janelas de entrega).

  • Resiliência emocional (trânsito, imprevistos, pressão).

  • Cuidado com o veículo (checklist, zelo, limpeza).

  • Noção de mapa/rotas e uso de apps de navegação.

  • Respeito às regras (descanso, limites de velocidade).

  • Trabalho em equipe (despacho, manutenção, segurança).


Todas essas habilidades são treináveis com prática, cursos curtos e feedback de instrutores/gestores.


Salário médio


Os salários variam por cidade, tipo de veículo e contrato (CLT, PJ, diária). Como referência oficial (CLT), o Portal Salario indica (dados atualizados em 06 de agosto de 2025) as seguintes médias nacionais:

  • Motorista de caminhão (CBO 7825-10): R$ 2.538,98/mês, piso R$ 2.469,64, teto R$ 3.699,43, jornada média 44h/semana (com base em 1.182.999 vínculos no último ano).

  • Motorista de ônibus urbano (CBO 7824-10): R$ 2.760,42/mês, piso R$ 2.685,03, teto R$ 4.221,09, jornada média 42h/semana (amostra 121.018 vínculos).

  • Motorista entregador (CBO 7823-10): R$ 2.177,83/mês, piso R$ 2.118,35, teto R$ 3.294,27, jornada média 43h/semana (amostra 193.289 vínculos).


Atenção: esses valores consideram salário base registrado em carteira (sem adicionais como horas extras, noturno, periculosidade/insalubridade). Pisos sindicais podem variar por região e empresa.


Local e ambiente de trabalho


O “escritório” do motorista é a rua — mas a rotina inclui base/garagem (checklist de veículo, documentação, briefing), rota (comunicação com operação, pontos de parada) e pós-viagem (relato, limpeza, abastecimento). Em passageiros, há contato direto com gente o tempo todo; em cargas e entregas, a interação é com portarias, docas e clientes. Profissionais CLT costumam ter escala e benefícios; autônomos e aplicativos administram a própria agenda, custos e descanso.


Falando em descanso: a Lei 13.103/2015 regula jornada/pausas de motoristas de cargas e passageiros, e decisões do STFreforçaram a exigência de 11 horas contínuas de descanso a cada 24 horas (sem fracionar), além de outras mudanças. Empresas organizam paradas e pátios de apoio para cumprir as regras e preservar a segurança viária. Para você, isso significa que rotina saudável (alimentação, sono, pausas) não é luxo — é parte do trabalho responsável. 


Mercado de trabalho


O mercado para motoristas é amplo e muda conforme a região e a economia. Eis os principais movimentos:


1) Logística e entregas em altae-commerce brasileiro continuou crescendo e, em 2024, faturou R$ 204,3 bilhões (+10,5% vs. 2023). Isso puxa contratações em centros de distribuição, transportadoras e empresas de “última milha” (vans, VUCs e utilitários), além de ampliar a demanda por entregadores em rotas urbanas. Para quem está começando, essa é uma porta de entrada real: exige organização de encomendasbom atendimento e pontualidade.


2) Passageiros (urbano/rodoviário) e serviçosEmpresas de ônibus e vans contratam motoristas com CNH D, atendimento ao público e disciplina de horários. Mudanças regulatórias de jornada/descanso obrigam as empresas a planejar melhor escalas, o que pode abrir vagaspara cobrir as folgas e períodos de pico. Em rotas corporativas, escolares e turismo, a procura oscila por calendário (aulas, eventos, férias), mas se mantém estável em grandes centros.


3) Cargas e agronegócioO transporte rodoviário de cargas é central no Brasil, então motoristas de caminhão seguem necessários. Em épocas de safra ou obras de infraestrutura, aumenta a demanda. Entidades do setor (como CNT e CNTA) publicam estudos sobre o perfil dos caminhoneiros e os desafios do dia a dia, sinalizando tendências de contratação e necessidades de qualificação. Para quem mira essa área, vale investir em categoria C/Erotina de segurança e, quando fizer sentido, cursos como MOPP.


4) Profissionalização e cursosAs empresas valorizam formação contínua (direção defensiva, atendimento ao cliente, primeiros socorros, legislação atualizada). O SEST SENAT oferece cursos presenciais e EAD (inclusive atualizações obrigatórias para transporte de passageiros), o que ajuda na empregabilidade e na segurança. Manter comprovantes organizados e descrever no currículo “curso → o que aprendeu → como aplica na rota” faz diferença.


5) Regras trabalhistas e segurança viáriaLei do Motorista e as decisões do STF sobre descanso contínuo mexeram na organização das jornadas, reforçando a centralidade de saúde e segurança. Isso tende a reduzir riscos, melhorar qualidade de vida e exigir planejamento de frotas e escalas — um cenário que valoriza quem é disciplinado e comunica bem.


Como aproveitar as oportunidades


  • Conquiste e mantenha a categoria adequada (C/D/E) e a EAR.

  • Faça cursos (SEST SENAT) e guarde certificados.

  • Monte um portfólio simples: rotas atendidas, tipos de veículo, zero acidentes, elogios de clientes.

  • Foque em pontualidade, cordialidade e cuidado com o veículo.

  • Siga notícias de logística e contratações na sua região (CDs, obras, safra).


Desafios reais

  • Trânsito e estresse — cuide do sono e das pausas.

  • Custos (para autônomos e apps): combustível, manutenção, pneus.

  • Competitividade em cidades grandes — diferenciais contam: atendimento, rota bem feita, zero avarias.


Em resumo: há mercado para quem dirige com segurança, respeito e organização. O segredo é combinar CNH certa + EAR + cursos e construir reputação (pontualidade, direção defensiva, cuidado com pessoas e cargas).


Perguntas frequentes sobre a profissão


1) Preciso de faculdade para ser motorista? Não. O essencial é CNH na categoria correta (B, C, D, E conforme o veículo) e, para trabalhar, a anotação EAR. Alguns serviços pedem cursos específicos (ex.: transporte coletivo/escolar, MOPP).


2) O que é EAR? É a observação “Exerce Atividade Remunerada” na CNH. Quem dirige trabalhando (passageiros, cargas, apps) precisa incluir a EAR no Detran do estado — exemplo em São Paulo.


3) Quais são as regras de descanso? Lei 13.103/2015 e decisões do STF reforçam 11 horas contínuas de descanso a cada 24h para motoristas profissionais (cargas e passageiros), entre outros pontos.


4) Dá para começar como motorista de entrega? Sim. Entregas urbanas e último quilômetro cresceram com o e-commerce. Para utilitários, normalmente CNH B com EAR; para vans/caminhões leves, pode exigir C e regras da empresa.


5) Preciso de exame toxicológico? Para categorias C, D e E, o CTB exige exame toxicológico na habilitação e renovação.


Links e vídeos úteis


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