O curso de relações internacionais é ideal para quem tem domínio em idiomas, gosta de se comunicar, negociar e criar relações com pessoas de todo o mundo. Você é essa pessoa? Que tal saber mais sobre a profissão de internacionalista e descobrir se esta realmente é a sua área de trabalho?
O que é um profissional de relações internacionais?
Também chamado de internacionalista ou analista internacional, o profissional de relações internacionais, como o próprio nome diz, é aquele responsável pela comunicação e relacionamento entre países.
Esse trabalho pode envolver empresas privadas que também atuam no exterior, instituições públicas com relações fora do país, pessoas físicas com interesses em outros países etc. O foco deste profissional é promover uma comunicação direta e amigável, para satisfação das partes envolvidas.
O que faz um profissional de relações internacionais?
Para desempenhar o seu papel de mediador de países, o analista internacional estuda, analisa e compreende as culturas dos outros estados, suas políticas e economia visando estabelecer diálogos e acordos entre os interessados.
Assim, o profissional orienta a empresa para a qual ele atua sobre o melhor jeito de se comportar, interagir e se relacionar, com base nas características, necessidades, cultura e demais especificidades daquele país com o qual a organização se relaciona.
Imagine que uma empresa esteja querendo abrir uma filial fora do Brasil. Antes de qualquer coisa, ela precisa saber quais são as chances daquilo dar certo. Para isso, essa empresa contrata um analista internacional que deverá fazer um levantamento sobre os hábitos de consumo daquele lugar, sobre a economia, sobre a relação do produto com a cultura local etc.
Tudo isso para que a empresa tenha segurança e o maior domínio possível para se instalar em outro país, com chances reais de ter bons retornos financeiros.
Lista de responsabilidades
Na prática, o que faz um analista internacional? Veja a seguir um pouco das suas inúmeras funções:
● Estudo e análise global de países;
● Elaboração de estudos e relatórios sobre o cenário atual de cada país do interesse de seu contratante;
● Organização de reuniões e eventos internacionais;
● Assessoria para empresas;
● Participação em negociações, reuniões e demais eventos corporativos;
● Recepção de empresários que visitam o seu país;
● Participação em desenvolvimento de negócios estrangeiros;
● Contato com clientes internacionais;
● Prospecção de novos clientes, etc.
● Elaborar políticas de internacionalização, planejamento estratégico para gerenciamento de crises no cenário internacional e projetos com interface internacional;
● Planejar missões internacionais.
Como se tornar um profissional de relações internacionais?
Para ser um analista internacional é necessário ter o curso de bacharelado em Relações Internacionais. Com duração de 4 anos, o curso pode ser realizado na modalidade presencial ou a distância, sendo oferecido por faculdades privadas e algumas faculdades públicas.
Durante o curso, o aluno estuda matérias amplas e que envolvem todas as funções executadas pelo analista internacional, como Antropologia, Sociologia, Relações internacionais, Economia, Política Internacional, Direito, Análise de dados, Conflitos internacionais, Ética e Cultura, dentre outras disciplinas.
Habilidades necessárias ao profissional de relações internacionais
Qual é o perfil do analista internacional? Se você quer saber o que precisa ter para ser um bom profissional, confira a lista das habilidades mais requisitadas deste profissional:
● Domínio de outros idiomas, além do português;
● Capacidade de negociação e persuasão;
● Ótima comunicação oral e escrita;
● Capacidade de análise e interpretação de dados;
● Senso crítico;
● Empatia e tolerância com comportamentos diferentes dos seus;
● Capacidade de identificar boas oportunidades no mercado;
● Conhecimento aprofundado em culturas diferentes;
● Gostar de se relacionar com outras pessoas;
● Gostar de ler bastante sobre tudo que acontece no seu país e no mundo.
Salário
De acordo com o site Glassdoor, o salário médio de um profissional de relações internacionais gira em torno de R$ 7.600,00. No início da carreira é provável que ele receba uma remuneração um pouco abaixo desse valor, uma vez que terá pouca experiência de trabalho.
Contudo, o esperado é que o profissional alcance um salário condizente com as suas muitas funções e, principalmente, com a responsabilidade que o seu trabalho exige.
Empresas multinacionais e instituições financeiras com negócios no exterior costumam pagar salários mais atraentes para estes profissionais. E, claro, a função que ocupam também interfere.
O salário de um coordenador ou gerente empresarial pode ganhar até R$ 10.000,00. Já o tão disputado cargo de diplomata, por exemplo, tem um salário médio de cerca de R$ 20.000,00.
Local e ambiente de trabalho
O analista internacional trabalha em espaço fechado, dentro de um escritório em uma grande empresa ou órgão público, ou na sua casa, atuando como profissional liberal. O ambiente de trabalho é bastante formal, sóbrio, impessoal e exigente.
A rotina de trabalho do internacionalista é baseada em muito estudo, análises, leituras, ligações, videoconferências, reuniões e demais eventos corporativos. Estar atualizado o tempo inteiro é uma obrigatoriedade da profissão, uma vez que ele as informações do mundo e da sociedade em geral fazem parte do seu trabalho.
Mercado de trabalho
O mercado de trabalho para o internacionalista está em crescimento, pois o momento em que vivemos permite facilmente o contato entre países, facilitando acordos e necessitando de pessoas que auxiliem nesse processo.
O profissional tem uma formação abrangente que lhe permite trabalhar em vários nichos diferentes de mercado, como você verá a seguir:
Diplomacia
Ser um diplomata é um dos caminhos mais comuns e mais seguidos pelo internacionalista. É o profissional responsável por representar o país de origem perante outras nações. O ingresso na diplomacia acontece através de concurso público.
Assessoria política
Auxiliar políticos nos seus interesses internacionais, oferecendo a eles um panorama de tudo de importante que acontece lá fora é a função de um assessor formado em relações internacionais. Além de assessorar, ele também pode acompanhar esses indivíduos em suas visitas a outros países.
Agências de câmbio
Ao optar por esse ramo, o analista internacional trabalha basicamente com números, cotações e variações de moedas estrangeiras.
Setor corporativo
Prestar consultorias e assessorias às empresas também são funções comuns do profissional de relações internacionais. Assim, ele auxilia empresários na construção de parcerias vantajosas e lucrativas com objetivos diversos, desde o desenvolvimento de produtos até a ampliação do mercado consumidor.
Comércio Exterior
Apesar de não ser o foco da profissão, o analista internacional também pode trabalhar com comércio exterior, desde que também possua conhecimentos técnicos sobre comércio de produtos e serviços.
Setor público
Órgãos do governo que possuem relações com outros países, como setores de economia, por exemplo, mantêm em seu quadro de funcionários o analista internacional. É dele o papel de estabelecer uma comunicação produtiva, alinhando ideias e fechando acordos.
Além de todas essas áreas de trabalho, o analista internacional pode atuar como professor de cursos relacionados, como analista de oportunidades de investimento no exterior, com logística internacional e também com projetos sociais internacionais realizados por ONG’s.
Perguntas frequentes sobre esta profissão
Tem alguma dúvida sobre a profissão? Veja a seguir quais são as perguntas mais comuns a respeito da atuação do analista internacional e suas respectivas respostas.
O analista internacional trabalha fazendo traduções?
Não. Como vimos, o profissional de relações internacionais tem a função de fortalecer o contato e o convívio entre os países, de forma que todos possam manter acordos satisfatórios entre ambos.
Quem faz tradução é o tradutor. Naturalmente, nada impede que um analista faça traduções, se assim o trabalho exigir, mas o seu papel vai muito além disso.
Comércio exterior e relações internacionais são a mesma coisa?
São profissões diferentes. O profissional de comércio exterior precisa dominar as técnicas de negociação e compra e vendas de produtos e serviços, geralmente executadas por empresas multinacionais. Ele identifica possíveis clientes e oportunidades, faz prospecção e toda a parte burocrática, e às vezes prática, de uma relação comercial.
Já o profissional de relações internacionais não atua com foco em interesses comerciais diretamente, mas na manutenção do bom convívio entre as partes interessadas, facilitando o diálogo, as parcerias etc. Como vimos, o comércio exterior pode fazer parte das suas funções, mas não é uma obrigação.
O analista internacional mora no exterior?
Não, necessariamente. A maioria dos profissionais mora em seu país de origem, precisando ir ao país que o interessa em situações esporádicas.
Saber outros idiomas é fundamental para exercer a profissão?
Sim, afinal de contas, é impossível se comunicar com outros países sem dominar a língua deles. Na maioria das vezes, o analista internacional é quem assessora o gestor empresarial quando ele não tem fluência em outro idioma.
E ter domínio da língua é essencial porque o profissional precisa passar segurança no que fala, especialmente se ele fizer parte de um grupo de negociação empresarial. Os idiomas mais requisitados são o Inglês, Espanhol e também o Mandarim.
O analista internacional está sempre viajando?
Não. Como vimos, é mais comum que o analista internacional trabalhe para empresas do seu país de origem e execute as suas funções por lá mesmo. Ainda que ele precise manter contato presencial com outras pessoas, empresas e locais estrangeiros, não é uma prática frequente. Mas, claro, depende muito da função que ele ocupa.
Links e Vídeos úteis
Quer se aprofundar no assunto? Leia mais sobre a profissão de relações internacionais nos links que selecionamos para você a seguir: