top of page

Para muito além do "teste vocacional"




Rodolfo A. M. Ambiel: psicólogo, Doutor em Psicologia pela Universidade São Francisco. Docente do PPG Psicologia da PUC-Campinas. Idealizador da Andante: Projetos de Vida e de Carreira


É possível que você já tenha ouvido falar sobre "teste vocacional". Talvez você já tenha até feito algum na escola ou na internet, quando estava no ensino médio.


E sabe o que é pior? Muito provavelmente ele "não deu certo" e quando você leu "teste vocacional" no início deste parágrafo, talvez tenha até dado uma risadinha, com algum desdém, sugerindo descrédito. Se isso que descrevi ocorreu mesmo, saiba que você não foi o único a cair neste "conto". Contudo, antes de concluir que este texto vai reforçar a sua desconfiança, espere um pouco e leia até o final.

"Teste vocacional" não é, efetivamente, um teste ou um instrumento de avaliação. É uma ideia que povoa o imaginário popular - independente de sua formação. Desde muito tempo, a escolha profissional tem sido associada com o uso de testes que pretendem ajudar alguém a decidir por uma profissão ou curso superior. A expectativa de que um teste indique um futuro com nível de precisão incrível ("meu teste deu que eu vou ser advogado!"), em geral, causa decepção. Por um motivo básico: isso simplesmente não é possível.


Ao invés de se pensar em um teste único, isolado, que, pretensiosamente, se coloca como capaz de resolver uma dúvida tão complexa quanto "o que quero ser quando crescer" (ou mesmo: "e agora que já cresci, o que vai ser?"), procure pensar em um processo de auxílio para uma tomada de decisão. De fato, a Orientação Profissional e de Carreira tem esse objetivo: auxiliar as pessoas a tomarem melhores decisões sobre suas carreiras, considerando habilidades, interesses e o contexto. E, exatamente por ser uma decisão tão importante, a orientação precisa ser processual, em que os (bons) testes podem e devem ser utilizados como auxiliares no processo.



Tecnologia como um facilitador da Orientação Profissional


Nos últimos anos, cada vez mais a tecnologia se mostra como um recurso importante para pessoas que buscam orientação de carreira.


Além dos atendimentos individuais online, instrumentos e ferramentas baseadas na web podem facilitar o acesso de pessoas a esse serviço que ainda não é tão conhecido como deveria e que pode evitar uma série de prejuízos emocionais e financeiros.

"Evitar prejuízos financeiros? Como assim?"

Sim. A Orientação Profissional e de Carreira pode prevenir as famílias de terem prejuízos financeiros, uma vez que auxiliam os jovens a escolherem o que fazer depois do ensino médio de forma confiante. Assim, a orientação pode ajudar a evitar um fenômeno indicado na literatura como evasão.



Evasão pode ser reduzida com um processo estruturado de Orientação Profissional


A evasão do ensino superior se dá quando um estudante não conclui um curso superior no qual se matriculou. Dessa maneira, a decisão por deixar o curso vai impactar o bolso das famílias à medida que os investimentos feitos com as provas, deslocamentos e eventuais custos com matrícula, material, estadia e mudança não serão recuperados. A valer, a evasão impacta toda uma rede de agentes econômicos, tendo em vista que investimentos públicos e privados são alocados na abertura de vagas nas universidades.


Quando essas vagas são "despreenchidas", tais investimentos também não são recuperados e a expectativa de maior escolaridade e, consequentemente, de renda e desenvolvimento econômico, impactado pelo aumento de pessoas com nível superior, no longo prazo, também será frustrada.

Há evidências de que a evasão, motivada por entrar em um curso sem a devida confiança em sua decisão e com preocupações sobre a carreira em que a pessoa está entrando, estão entre os motivos potenciais mais fortes para deixar o curso antes do fim. Nesse sentido, outras evidências apontam que a falta de adaptação de estudantes ao ensino superior, sobretudo no que diz respeito ao conhecimento e atenção às oportunidades que seu curso oferece, explica em aproximadamente 18% a possibilidade de evasão por decepção com a carreira. Além disso, evidências robustas demonstram que pessoas que passam por uma orientação de carreira se percebem substancialmente mais confiantes e menos indecisas quanto à sua decisão, quando comparadas à pessoas que não passaram por orientação (d=0,45, ou seja, aproximadamente ½ desvio-padrão a mais).

Esses resultados de pesquisa sugerem que oferecer orientação profissional e de carreira pode ser útil tanto para estudantes de ensino médio, quanto de ensino superior, tendendo a ter um impacto importante na diminuição da evasão em ambos os casos.

As instituições de ensino, de forma geral ainda não têm olhado para esse aspecto com todo a atenção e o carinho necessários a ela. Talvez porque ainda não conheçam os benefícios potenciais da orientação profissional e de carreira bem feita.




"Evidências robustas demonstram que pessoas que passam por uma orientação de carreira se percebem substancialmente mais confiantes e menos indecisas quanto à sua decisão, quando comparadas à pessoas que não passaram por orientação" - Rodolfo Ambiel (Doutor em Psicologia e especialista em Orientação Profissional)


 

Implantação da FutureMe na sua escola


Que tal ter a FutureMe em todo Ensino Médio da sua escola? Leve uma solução inovadora de orientação profissional implementada como parte do Projeto de Vida e alinhada as diretrizes da BNCC.




Nós acreditamos que todos os estudantes deveriam passar por um

processo estruturado de escolha profissional!

Venha fazer parte desta revolução!


bottom of page